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Projeto de extensão de Química promove oficina de transformação de óleo em sabão

5 de Setembro de 2025 às 08:08

Projeto de extensão de Química promove oficina de transformação de óleo em sabão
Texto: Gabriel Miguel, com apoio de João Pizani | Fotos:  João Pizani
“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. A famosa frase do químico Antoine Lavoisier reverbera nas ações da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), onde a química é aliada da sustentabilidade. A segunda edição do projeto de extensão Conscientização Ambiental – O lixo que vira sabão, do Departamento de Química (Dequim), promoveu oficina com funcionários da empresa Palmeira Ambiental, em 15 de agosto.

A atividade ocorreu em laboratório do Bloco L do Campus Uvaranas, e promoveu aos participantes conhecimentos sobre o processo de transformação de óleo vegetal, utilizado no preparo de alimentos, em sabão. A oficina foi conduzida pelas professoras Luciana de Boer, Jacqueline Aparecida Marques e Patrícia Los Weinert, além dos alunos de Química Tecnológica e Licenciatura em Química, que apresentaram as diferentes etapas do processo que dá nova utilidade ao óleo de soja e impede que o  seu descarte indevido provoque a contaminação ambiental.

A parceria entre a UEPG e a Palmeira Ambiental partiu do contato entre a professora Luciana e a sua ex-aluna, Jaqueline Vaz e Souza, hoje analista ambiental da empresa, que coordenou a coleta de óleo para a atividade, durante a Semana do Meio Ambiente, em junho. O resultado: mais de 60 litros de óleo de soja foram entregues à Universidade para a produção de sabão, com a expertise das professoras e estudantes extensionistas, que compartilharam seus conhecimentos com os funcionários da Palmeira Ambiental.

Além de ensinar as etapas da produção de sabão, o projeto buscou conscientizar os participantes sobre o impacto das suas escolhas sobre a natureza. Cada litro de óleo produz cerca de 20 barras de sabão e poupa mais de 20 mil litros de água da poluição causada pelo descarte inadequado. “O óleo acumula nos esgotos e quando chega aos rios impede a passagem de oxigênio e luz, matando as formas de vida aquáticas”, explica a professora Luciana de Boer, coordenadora do projeto.

Luciana explica que a proposta é ensinar à comunidade a facilidade de produzir sabão em casa, com ingredientes à disposição em toda cozinha. “O processo, que chamamos de saponificação, basicamente, inclui o óleo, soda cáustica, água, álcool ou vinagre, e soluções com sal que auxiliam no endurecimento do produto”.  A coordenadora alerta para os cuidados no momento do preparo de sabão, que deve ser feito com luvas e máscara descartáveis em local adequado: “Durante o processo, ocorre a liberação de vapores que podem prejudicar a saúde, por isso, o ideal é que a produção ocorra num espaço aberto”.

A chefe do Dequim, professora  Patrícia Los Weinert, exalta que o projeto é resultado do esforço conjunto de ações de extensão, pesquisa e ensino. A partir do trabalho de pesquisa realizado pelos alunos de graduação e pós, onde são avaliadas a composição, as propriedades e a durabilidade de diferentes fórmulas desenvolvidas, é feita a fabricação, em um processo que une o conhecimento aprendido em sala de aula com a ação extensionista de conscientizar a população.

A professora também celebra que a parceria entre Universidade e a empresa permite o maior contato dos estudantes de Química Tecnológica com a prática profissional, por meio das diferentes etapas do projeto. A acadêmica Mariana Grube, do terceiro ano, desenvolve, em seu projeto de iniciação científica, uma pesquisa sobre o controle de qualidade do sabão produzido. “Meu trabalho é testar a eficácia do sabão que produzimos aqui e comparar com outras receitas. Pelo que testei até agora, o nosso sabão, à base de vinagre, tem se mostrado o mais eficiente”, explica a pesquisadora.

“Na minha percepção, a experiência tem se mostrado muito interessante, porque está nos apresentando uma ação simples, mas muito eficiente para a redução dos impactos ambientais”, exalta a analista ambiental Jaqueline Vaz e Souza. Em sua avaliação, a egressa da UEPG considera muito proveitosa a troca de conhecimentos entre estudantes, professores e funcionários da Palmeira Ambiental, e aponta que o projeto será continuado e ampliado no futuro, afim de promover a conscientização em novos públicos.

Em outubro, o projeto de extensão promoverá campanha de educação ambiental no Lago de Olarias, onde serão distribuídas barras do sabão. A atividade será realizada em parceria com a Palmeira Ambiental e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
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