Por Mariana Galvão Noronha
Em 2018, Município investiu valores acima do mínimo constitucional nas áreas, para atender demandas de manutenção e ampliação dos serviçosA Prefeitura Municipal de Ponta Grossa realizou hoje (21) uma audiência pública na Câmara de Vereadores para prestação de contas do último quadrimestre de 2018, detalhando os investimentos, despesas e arrecadação da gestão nos últimos quatro meses do exercício financeiro anterior, conforme estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal. O secretário municipal da Fazenda, Cláudio Grokoviski, apresentou aos vereadores presentes como a gestão municipal encerrou o orçamento em 2018, tendo os investimentos em Saúde e Educação ficado acima do limite mínimo estabelecido pela Constituição.
“A gestão vem fazendo um investimento muito forte nessas duas áreas. A Constituição prevê um investimento mínimo de 25% em Educação e 15% em saúde. Com todo esse investimento que o Município vem fazendo nessas áreas, nós fechamos 2018 destinando 25,43% de nossa Receita Corrente Líquida (RCL) em Educação e 27,4% em Saúde, quase 13% a mais do que o mínimo previsto. Isso para atender a demanda de investimento maior pela estrutura em saúde que o Município oferece, com dois hospitais públicos 24 horas, a UPA do Santa Paula e UBS. Toda essa estrutura de saúde e ampliação da educação em tempo integral faz com que o município tenha que investir pesado nessas áreas para atender a alta demanda da população”, detalha o secretário Cláudio Grokoviski.
Entretanto, esses investimentos superiores também resultam em
maior despesa com pessoal. A Prefeitura de Ponta Grossa encerrou o último quadrimestre de 2018 com o índice de gasto com pessoal em 55% e já estuda medidas para diminuir esse número.
Entre outros números de destaque na prestação de contas estão o crescimento da Receita Corrente Líquida, em comparação com o mesmo período do ano anterior, e a redução no saldo de dívidas a longo prazo. “Conseguimos um aumento da RCL acima da inflação, de 7,76%, que se deve principalmente a todas as
medidas de Justiça Fiscal que implementamos desde 2017, somadas ao corte das isenções de ISS e o nosso crescente avanço no
repasse de ICMS”, destaca o secretário.
A diminuição no saldo de dívidas também foi positiva, com a quitação de R$ 36 milhões ao longo de 2018, dos quais R$ 13 milhões são referentes apenas ao
pagamento de precatórios, somado ao pagamento de outras dívidas mais antigas parcelas, como fundo de garantia, previdenciária, energia elétrica e contratos. Com isso, a gestão conseguiu reduzir a dívida fundada, aquela à longo prazo, para R$ 307 milhões.